A Allison Transmission e a britânica Biffa, especializada em gestão de resíduos, comprovaram na prática que, com ajustes simples, é possível gerar economia. Por meio de um levantamento com 100 caminhões Mercedes-Benz Econic, equipados com transmissões Allison, as empresas identificaram uma redução média de 2,4% no consumo de combustível nas operações de coleta no Reino Unido.
Esse resultado veio depois que a Biffa promoveu uma mudança na relação de eixo. A empresa trocou a configuração padrão de 6,84:1 por uma mais longa, de 6,0:1, oferecida de fábrica pela Mercedes-Benz. Essa decisão foi tomada com base em uma simulação da Allison, realizada com o software iSCAAN, que indicou um potencial de economia de até 3%. Além disso, o estudo apontou a redução do ruído interno na cabine.
Na prática, os veículos rodaram mais de 1,12 milhão de quilômetros em atividades de coleta urbana e domiciliar. Apesar de parecer modesta, a economia — cerca de dois centavos a cada 1,6 quilômetro (uma milha) — gerou uma redução de custos de aproximadamente R$ 106.890 no período analisado.
Relações Alisson longas
Segundo Nathan Wilson, gerente de contas da Allison Transmission no Reino Unido e Irlanda, a análise confirma: relações de eixo mais longas são ideais para frotas urbanas. Afinal, rampas extremamente íngremes são raras nesse tipo de operação.
“Tradicionalmente, os fabricantes usam eixos mais curtos para garantir desempenho em aclives acima de 30%”, explica Wilson. “Porém, esse cenário quase não existe nas cidades. Com a tecnologia Continuous Power da Allison — que quase dobra o torque na saída e mantém a potência nas trocas de marcha —, dá para adotar relações mais longas sem perder desempenho nas arrancadas ou nas subidas.”
Menos consumo, menos emissões e menor custo
Para a Biffa, a mudança reforça o foco na eficiência e na sustentabilidade. “Esse é só um dos ganhos que tivemos com o suporte técnico da Allison na otimização dos caminhões”, destaca Darren Judd, chefe de desenvolvimento de frota da empresa.
Além disso, Judd ressalta outros benefícios. “Reduzimos não só o consumo, mas também as emissões de CO₂ e o custo total de operação. Embora dois centavos por milha pareçam pouco, somando isso a uma frota inteira durante vários anos, o impacto financeiro é enorme”, conclui.
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